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O que você precisa saber sobre a imigração japonesa

No dia 18 de junho, comemora-se o Dia Nacional da Imigração Japonesa ao Brasil. A data marca os 113 anos da chegada do Kasato Maru, primeiro navio japonês a atracar no porto de Santos, em 1908, trazendo 781 imigrantes japoneses que buscavam em solo brasileiro condições melhores para suas vidas.

História

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Navio Kasato Maru atracado no Porto de Santos, em 18 de junho de 1908. (Foto: domínio público)
A imigração japonesa para o Brasil foi possível graças ao acordo feito entre os governos dos dois países. De um lado, buscava-se melhores oportunidades de vida. Do outro, mão de obra barata para empregar nas fazendas de café brasileiras, principalmente as localizadas no Estado de São Paulo.

Segundo a Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil – Kenren – de 18 junho de 1908 a 27 de março de 1973, quando a embarcação Nippon Maru trouxe os últimos 256 imigrantes, cerca de 240.000 japoneses migraram ao Brasil, nos períodos pré e pós-guerras.

Hoje, o Brasil abriga a maior comunidade nipônica fora do Japão. Segundo dados do IBGE de fevereiro/2019, a população nipo-brasileira gira em torno de 1,5 milhão de pessoas, entre imigrantes e descendentes. Desse número, a maior parte se estabeleceu no estado paulista.

Intercâmbio de culturas

Desde então, a cultura japonesa vem criando raízes no Brasil e influenciando costumes das novas gerações e, também, das passadas. E essa troca entre culturas tão distintas é muito enriquecedora e mostra como é possível aprender e, também, ensinar. Tanto na agricultura, quanto nas ciências, na culinária, esportes e religião, é possível perceber a intervenção japonesa.

Na religião, por exemplo, o Budismo foi introduzido no Brasil por meio dos imigrantes. Hoje, cerca de 200 mil brasileiros se dizem budistas, segundo o IBGE. O beisebol também ganhou popularidade em solo tupiniquim a partir dos nikkeis. O cultivo de bonsais – a arte de conservar árvores em miniatura – hoje é uma atividade de sucesso e muito valorizada. Os desenhos japoneses são famosos entre as crianças brasileiras desde a década de 1960 e um de seus personagens recentes – o Pikachu – é um dos preferidos da garotada.

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A arte do cosplay surgiu no Japão e reúne adeptos no mundo todo.
O mangá (história em quadrinhos) é um dos gêneros literários mais lidos entre o público jovem. Entre eles, também, faz sucesso o cosplay – costume de se fantasiar, de forma realista, com trajes de personagens de filmes, desenhos animados ou quadrinhos. E quem é que resiste à beleza das sakuras, as flores das cerejeiras, árvore nativa do Japão que florescem no outono e ornamentam diversas praças e avenidas brasileiras? E em época de pandemia, onde tirar os sapatos antes de entrar em casa virou uma forma de inibir a contaminação do coronavírus, vale registrar que esse é um costume praticado pelos japoneses há longa data.

O maior reduto japonês no Brasil

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O bairro da Liberdade abriga a maior comunidade japonesa do mundo fora do Japão.
O bairro da Liberdade, na capital São Paulo, é o local que abriga a maior colônia nipônica do mundo fora do Japão. Transitar por esse bairro é realizar um mergulho nas tradições japonesas. Passeando pela região, um dos locais imperdíveis de se visitar, para quem quer saber mais sobre essa cultura oriental, é o Museu Histórico da Imigração Japonesa.

No espaço, mais de 97 mil itens entre objetos pessoais, pinturas, livros, roupas e documentos doados por imigrantes, que ajudam a construir essa história centenária. O museu também exibe réplicas de navios que trouxeram imigrantes ao Brasil bem como de moradias dos pioneiros em território brasileiro. É considerado o maior museu sobre a imigração japonesa do mundo. Visite o site oficial do museu para mais informações sobre valores e horários de visitação.

Além da cultura, o bairro da Liberdade oferece inúmeras opções de restaurantes, bares e lanchonetes que revelam a típica culinária japonesa. Na rua Thomaz Gonzaga é onde se encontra o maior número de restaurantes por metro quadrado do bairro.

Se você nunca teve a oportunidade de visitar o bairro da Liberdade, pode estranhar o tamanho dos estabelecimentos, que são muito pequenos, em sua maioria. Mas até isso é uma característica do comércio local japonês. E outra dica, aqui, é: esqueça os sushis e sashimis. Entregue-se ao prazer de degustar pratos tradicionais, que certamente você não vai encontrar num restaurante japonês qualquer.

Também não perca a oportunidade de comprar guloseimas tipicamente japonesas nos inúmeros empórios espalhados pela Liberdade. E se você já é um apaixonado pela cultura da terra do sol nascente e, inclusive, é capaz de ler no idioma oriental, vai adorar comprar livros nas lojas especializadas em literatura japonesa, que comercializa livros na língua natal.

Leia aqui mais dicas sobre o que fazer nesse bairro encantador.

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