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Memorial Paranista: o novo espaço turístico de Curitiba

O Parque São Lourenço é um dos cartões postais de Curitiba. Em maio de 2021, ele ganhou um novo espaço: o Memorial Paranista João Turin, que guarda a memória do Paranismo e homenageia um dos escultores brasileiros mais importantes da história. São mais de 100 esculturas em bronze do artista, um dos precursores do  movimento que exalta a identidade do estado do Paraná por meio de símbolos locais como o pinheiro, os pinhões e a erva-mate.

O gigante João Turin

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Foto do artista paranaense, que morreu em 1949, deixando o ateliê repleto de obras inéditas. (Foto: acervo ateliê João Turin)
As novas instalações carregam o legado de um dos criadores e grande expoente do movimento paranista. Trata-se do artista João Turin (1878-1949), que se destacou principalmente como escultor. Ele criou esculturas e baixos relevos sobre animais selvagens, povos indígenas e reproduções de momentos históricos.

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Escultura do índio Guairacá, ladeado pelo lobo guará. Simbolos do Paraná. (Foto: Maringas Maciel)
Filho de imigrantes italianos, nascido em Porto de Cima, Morretes/PR, João Turin formou-se na Académie Royale des Beaux Arts de Bruxelas, graças a uma bolsa de aperfeiçoamento recebida do governo paranaense. Depois de formado seguiu para Paris, onde permaneceu durante uma década, apesar das dificuldades, e foi contemporâneo de Auguste Rodin, Picasso, Jean Cocteau, Victor Brecheret, entre outros. Voltou ao Brasil na década de 1920 e optou em estabelecer-se em Curitiba, onde viveu os anos mais produtivos da sua carreira e permaneceu até sua morte, em 1949.

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Obras

As 78 obras abrigadas no Memorial Paranista João Turin mostram a genialidade do artista. Além da exposição permanente, que ocupa uma área anexa ao Parque São Lourenço, revitalizada especialmente para receber a obra de Turin, no espaço também funciona uma fundição pública. Os equipamentos foram doados pelo ateliê montado especialmente para fundir as esculturas do Turin, já que a maior parte do acervo contava com peças em gesso.

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Escultura Marumbi tem quase 3 metros de altura e pesa 700kg. (Foto: Maringas Maciel)
Além disso, também foi construído um jardim com 15 esculturas de bronze ampliadas, que hoje é o maior do gênero de todo o Brasil. Duas delas ganharam proporções heroicas, como “Marumbi”, com quase 3 metros de altura e 700 quilos. Esta escultura representa com realismo a luta de duas onças. E mostra porque João Turin também é lembrado como um dos mais importantes escultores animalistas do Brasil.

Outro destaque é uma Pietá em baixo relevo, emprestada pela Família Lago, detentora dos direitos autorais de João Turin. Esta é uma obra de 1917, e o primeiro exemplar está na França, feito para a Igreja de Saint Martin, em Condé-sur-Noireau. É uma verdadeira relíquia, que resistiu aos bombardeios da guerra.

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Detalhe da Pietà, de João Turin, exposta no Memorial Paranista, em Curitiba. (Foto: Maringas Maciel)

Resgate e preservação da memória

A iniciativa reuniu quase 100 obras de Turin graças a uma junção de esforços. Das 15 esculturas ampliadas, 12 foram compradas pela Prefeitura de Curitiba. As outras 3 foram doadas pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), por meio da Lei Rouanet. 78 esculturas em tamanho original foram doadas pela Família Lago para o Governo do Estado do Paraná, que emprestou as obras à Prefeitura em regime de comodato.

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Detalhes da exposição permanente do Memorial Paranista. (foto: Maringas Maciel)
O Memorial Paranista João Turin foi um presente de Curitiba pelo aniversário de 328 anos da cidade. Quem visitar o Parque São Lourenço poderá apreciar as obras de João Turin e conhecer mais sobre sua contribuição para o legado artístico do Paraná.

Assista o tour virtual pelo Memorial Paranista.

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