Quando pensamos em corrida, logo imaginamos o trivial: pessoas praticando um esporte, correndo ou andando num ritmo em comum com o grupo. Mas e se falarmos em inserir cadeirantes nessa corridas, seria impossível? A Associação Paranaense de Reabilitação (APR) nos mostrou que não e criou o projeto “Pernas pra que te quero”, que insere crianças com mobilidade reduzida nas diversas corridas de rua do Brasil.
Como tudo começou
A geógrafa mineira Karolina Cordeiro foi a precursora desse projeto. Quando seu filho Pedro tinha 10 meses de idade, ele foi diagnosticado com a Síndrome de Aicardi-Goutiéres, uma doença raríssima que o impossibilita de andar e falar, embora seu lado cognitivo esteja preservado. Ela sempre apreciou o esporte e, em 2012, ela percebeu que a corrida proporcionaria novas emoções para o pequeno e começou a levá-lo para as corridas de rua, empurrando o garoto em uma cadeira de rodas adaptada.
Nesta proposta, elas são levadas por corredores voluntários em suas cadeiras adaptadas, podendo sentir a emoção de “correr” por meio das pernas de outras pessoas. O projeto iniciou em Curitiba no ano passado e, no próximo domingo (26), a capital paranaense vai sediar mais uma edição da corrida, a partir das 8h30, no Parque Barigui.
A ação já tomou proporções maiores do que as esperadas e os organizadores já estão mobilizando empresas e organizações para que a iniciativa seja replicada nas mais de 800 corridas de rua que ocorrem anualmente no Brasil. Se você faz parte de algum grupo de corrida em seu município, sugira essa ideia. Seja você também um multiplicador dessa causa!
(por Gisele Luz)