Com a estação mais quente do ano e o período de férias escolares, a maioria das pessoas pensa em viajar e se divertir, o que é muito justo depois de um ano inteiro de trabalho e estudos.

Porém, não dá para esquecer-se de um assunto recorrente nesta época do ano: a prevenção da dengue por meio do combate ao mosquito Aedes aegypti, que também é o transmissor da chikungunya e do vírus da zika.

Segundo dados do Ministério da Saúde, no ano de 2016, foram registrados 1.483.623 prováveis casos dos três tipos de doença transmitidos pelo mosquito, o que comprova que não é só no verão que isso acontece, mas é principalmente nessa época do ano que eles se intensificam, pois a junção de chuva e calor favorece a proliferação do inseto.

Neste artigo, vamos explicar sobre os tipos de dengue, indicar seus sintomas, mostrar como funciona o diagnóstico e como evitar que essa epidemia se aproxime. Não perca a leitura!

Como a dengue se manifesta?

A transmissão da dengue, chikungunya e zika vírus é feita pela picada da fêmea do mosquito Aedes, quando esta já está infectada pelo vírus, pois o mosquito adquire a doença após picar alguma pessoa infectada. Os sintomas começam a se manifestar até 3 dias depois do contato e se intensificam com o tempo. Por isso, procure atendimento médico imediatamente se começar a sentir os sintomas abaixo:

• febre alta com início súbito (> 38,5°C);
• dor de cabeça;
• dor atrás dos olhos;
• perda do apetite;
• manchas avermelhadas na pele;
• náuseas e vômitos;
• cansaço extremo;
• dor e moleza no corpo;
• dor nos ossos e articulações.

Essas são características da dengue quando a pessoa adquire o vírus pela primeira vez; quando a transmissão se repete, os sintomas são mais agressivos:

• dores abdominais fortes e contínuas;
• vômitos persistentes;
• pele pálida, fria e úmida;
• sangramento pela boca, nariz e gengivas;
• dificuldade respiratória;
• boca seca e sede excessiva;
• sonolência, agitação e confusão mental;
• perda da consciência.

Esses são sinais de dengue hemorrágica, um quadro clínico mais grave, que pode levar a pessoa à morte em até 24 horas. Evite se automedicar, pois medicamentos com ácido acetilsalicílico, presente na aspirina, por exemplo, podem agravar a hemorragia.

Como é feito o diagnóstico?

A partir dos sintomas descritos acima, o paciente deverá comparecer com urgência a uma unidade de pronto atendimento, para que sejam feitos os exames e as avaliações para confirmação da doença.

Exames laboratoriais

O exame para confirmar o diagnóstico de dengue deve ser solicitado de acordo com a situação epidemiológica: em períodos fora da epidemia, exigir em todos os casos suspeitos; em períodos de epidemia, pedir de acordo com a orientação da Vigilância Epidemiológica e sempre requisitar às gestantes, para diferenciar dengue de rubéola.

O hemograma deve ser pedido obrigatoriamente, além dos casos de gestantes, para pessoas a partir de 65 anos, com histórico de hipertensão, diabetes, doença pulmonar crônica, renal, cardiovascular ou do aparelho digestivo.

Como ajudar na prevenção da dengue?

Por causa de o vetor dessas doenças ser um mosquito, elas são muito difíceis de controlar, mas ,se, desde já, tomarmos algumas medidas muito importantes, podemos contribuir com o combate aos criadouros do mosquito, adquirindo hábitos que fazem toda a diferença.

Eliminar a água parada

A fêmea do mosquito deposita seus ovos onde existe água parada, portanto, jogue fora pneus velhos, garrafas e qualquer recipiente que pode acumular água, não deixe água empoçada no terreno e deixe vedadas caixas d´água e cisternas.

Mantenha os pratinhos das plantas com areia e as vasilhas de água dos animais e as calhas da residência sempre limpas.

Instalar telas de proteção nas janelas e portas

Se você está fazendo sua parte, mas não sabe se os vizinhos estão, coloque telas e proteja sua família. Você precisa estar atento, eliminar todos os possíveis focos da doença em sua residência e observar se os demais estão fazendo o mesmo.

Eliminar corretamente o lixo e limpar os ralos

Jogar o lixo em local adequado determinado pelo órgão responsável elimina a proliferação do mosquito, pois o descarte será recolhido regularmente, evitando acúmulo de água nos rejeitos, além da infestação do local por outros insetos ou animais peçonhentos.

Os ralos da residência devem ser observados, pois, caso sejam rasos e pouco utilizados, estarão suscetíveis ao acúmulo de água, portanto, limpe-os regularmente e coloque desinfetante para efetivar a higienização.

Tomar a vacina

Após seguir os cuidados, procure um laboratório e tome a vacina contra a dengue, que foi criada para combater os 4 sorotipos de dengue existentes, tendo sua eficácia foi comprovada em 66% das pessoas a partir de 9 anos de idade.

Feita com o vírus atenuado, ela é capaz de evitar que a pessoa contraia a doença e reduzir os sintomas nos casos mais graves, como a dengue hemorrágica, evitando a hospitalização dos pacientes.

Na figura abaixo, há ainda mais informações sobre o combate ao mosquito da dengue:

O que fazer antes de viajar?

Depois de tomar as devidas precauções em sua casa e se preparar para viajar, verifique as condições da doença no seu destino. No Portal da Saúde do Ministério da Saúde, há boletins epidemiológicos que mostram o monitoramento da doença em todas as regiões do país.

Além disso, use muito repelente. Se você ou alguém próximo estiver grávida, redobre os cuidados, pois já é sabido que o zika vírus, quando no corpo de uma grávida, afeta o desenvolvimento neurológico do bebê, deixando-o com uma malformação irreversível chamada microcefalia.

Segundo o Ministério da Saúde, 80% dos infectados pelo zika vírus não apresentam sintomas da doença, os outros 20% apresentam febre, dores das articulações, olhos vermelhos, coceira e manchas na pele, porém, são sintomas muito mais leves que os casos de infecção por dengue.

O mais importante para a prevenção da dengue é que cada um faça sua parte. Mudar hábitos e observar sempre se sua residência está livre de focos são só o primeiro passo.

Solicite a visita dos agentes de saúde e prevenção da dengue na sua rua, ajude a vizinhança e oriente todas as pessoas próximas. Essas são atitudes simples capazes de fazer grande diferença quando o assunto é um mosquito que transmite uma doença que pode ser letal. Não perca a oportunidade de fazer a diferença!

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