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As belezas da pequena Pirenópolis

Localizado no estado de Goiás, o município de Pirenópolis já atraía muitos turistas antes mesmo de ficar famoso como a cidade dos ‘Dois Filhos de Francisco’. A cidade natal da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano foi o cenário do filme biográfico dos irmãos, mas a pacata ‘Piri’, como é carinhosamente conhecida, conta com inúmeros atrativos turísticos, que garantem visitação constante em finais de semana e feriados.

Pirenópolis é um município histórico, importante para a história brasileira sobretudo entre os séculos XVII e XIX, com grande participação na mineração de ouro e na produção de algodão para a exportação. No século XIX, ainda chamada de Meia Ponte,  destacou-se como o berço da música goiana, graças ao surgimento de grandes maestros na região. A cidade andou meio esquecida durante grande parte do século XX e voltou a ganhar cor na década de 70, por estar relativamente próxima da capital do país, Brasília (cerca de 150 quilômetros de distância). Mas foi apenas nos anos 90 que o centro histórico da cidade, recheado pelos casarões coloniais muito bem preservados e pelas singelas igrejas antigas que se espalham entre ladeiras e ruas de pedra, foi tombado como patrimônio histórico pelo IPHAN. As construções de tons pastéis e janelas coloridas ficam ainda mais bonitas à noite, quanto são iluminadas por antigas luminárias. A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, datada de 1728, é considerada a mais antiga de Goiás. Infelizmente um incêndio em 2002 destruiu parte do interior da construção e vários detalhes arquitetônicos em ouro, que ornamentavam os altares. As obras de restauração ainda continuam porém não impedem a visita à igreja.

Rodeada pela Serra dos Pirineus – que serviu como inspiração para o nome da cidade – , Pirenópolis guarda riquezas naturais belíssimas, com cachoeiras perfeitas para banhos ou a prática de esportes de aventura. O acesso às cachoeiras localizadas na serra é feito por trilhas, então o passeio é um convite para os aventureiros de plantão. Encravadas em meio à mata, a maioria das quedas d’água ficam dentro de reservas ecológicas, por isso é necessário pagar ingresso para ter acesso à elas, bem como é recomendável a contratação de guias locais. As trilhas que levam às cachoeiras passam por inúmeros mirantes, que exibem vistas de tirar o fôlego! Uma das mais belas cachoeiras da região é a do Abade, com 22 metros de altura, que forma um imenso poço de água verde cristalina, perfeita para um mergulho e também para a prática de rapel. A melhor época para aproveitar as cachoeira de ‘Piri’ é entre maio e julho, quando as quedas estão mais caudalosas e o período de chuvas já passou.

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Vista da belíssima Cachoeira do Abade. (Foto: Turismo Pirenópolis)

Se visitar a pequena Pirenópolis (a cidade tem cerca de 25 mil habitantes) em um dia normal já é um passeio muito prazeroso, imagine visitá-la durante o período do ano que mais atrai visitantes. A tradicional festa do Divino Espírito Santo acontece em diversas cidades brasileiras, porém a de Pirenópolis é considerada a mais bonita do Brasil e, por isso, atrai milhares de turistas. A data da festividade é móvel e acontece sempre 45 dias após a Páscoa, então ainda dá para se programar e curtir a festa deste ano! O grande diferencial da festa folclórica são as Cavalhadas, as emocionantes encenações que revivem as lutas medievais entre mouros e cristãos. A produção é a expressão máxima do evento e traz carreiras equestres coreografadas, músicas exclusivas e torneios à moda medieval. A festa dura três dias e a programação ainda prevê a coroação do imperador, procissões de bandeiras, espetáculos pirotécnicos e outras manifestações culturais.

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Os cavalheiros prontos para a famosa ‘cavalhada’. (Foto: Turismo Pirenópolis)

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(Por Renata Sklaski)

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