Dia 19 de junho, comemora-se o Dia Internacional do Surfe. A data foi instituída em 2004 pela Surfrider Foundation, ONG norte-americana que trabalha para proteger oceanos, ondas e praias do mundo todo. Dentro desse universo, a fundação chama a atenção à temas relevantes, como as alterações climáticas e a necessidade de preservação de ecossistemas marinhos e costeiros. Em 2021, o tema da campanha do ISD (International Surfing Day) é “A praia pertence a todos”.
História do surfe
A prática do surfe é milenar. Nasceu na Polinésia, como uma forma de ajudar os pescadores durante a pesca, quando precisavam de um jeito rápido para voltar à terra firme. Eles se deitavam sobre tábuas de madeira e deslizavam sobre as ondas até chegar à praia. Foi no Havaí que o surfe se aperfeiçoou, com os atletas ficando em pé nas pranchas. James Cook (1728 – 1779), o navegador inglês que se tornou o primeiro homem branco a conhecer a prática, ao chegar ao Havaí, em 1777, descreveu o esporte como uma “perigosa diversão”.
No Brasil, o surfe ganhou notoriedade na década de 1930, na praia de Santos, onde Osmar Gonçalves surfou suas primeiras ondas e ficou conhecido como o pai brasileiro desse esporte. Na década de 1950, os surfistas se tornaram populares também nas praias cariocas.
Picos brasileiros para a prática do surfe
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Maresia – SP
Com 5 km de extensão, a praia de areia branca e água cristalina oferece ondas para surfistas amadores e profissionais. O canto esquerdo, conhecido como Barrinha ou Canto da Barra tem ondas menores, indicadas para quem está começando a se aventurar no esporte. Já o meio da praia e o Canto do Moreira tem um mar mais radical, com ondas mais tubulares. Ideal para quem busca mais adrenalina e é fácil ver surfistas profissionais, como o próprio Medina, treinando na praia. É a única anfitriã a sediar um campeonato de ondas grandes do litoral paulista.
Saquarema – RJ
Saquarema ganhou destaque durante os anos 1970, quando a então vila de pescadores chamou a atenção de surfistas que por ali passavam, a caminho de outros picos para o surfe, como Búzios. Hoje, o local ganhou a fama de capital do surfe, por oferecer ondas perfeitas para a prática do esporte, formadas a partir do fundo pedregoso e de areia. Tal cenário tornou a praia de Itaúna a sede brasileira do World Surf League – WSL – e 2017 e 2018. As ondas de Saquarema podem alcançar até 12 pés, ultrapassando os 3 metros de altura.
Cacimba do Padre – Fernando de Noronha
Praia do Silveira – Garopaba
O litoral catarinense também oferece lindas praias com ondas perfeitas para a prática do surfe. A apenas 90 km da capital Florianópolis, está a quase deserta Praia do Silveira. Localizada em Garopaba, a praia com apenas 2 km de extensão guarda uma beleza única, afastada das praias mais badaladas do município. É frequentada quase que exclusivamente por surfistas experientes e profissionais. O fundo formado por pedras auxilia na formação das ondas, empurradas também pelo vento do sul, o que a torna uma das melhores praias para surfar no Brasil.
A Praia do Silveira já foi palco de baterias de campeonatos nacionais e internacionais, e o inverno apresenta as melhores formações, com ondas que podem chegar a 4 metros de altura. Mas para suportar a água gelada, só com roupa de borracha própria para a prática!
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Seja no Sul seja no Sudeste ou Nordeste, o Brasil oferece picos para todos os gostos e níveis do surfe. Escolha o seu e pratique esse esporte, que combina com um estilo de vida mais saudável e em contato com a natureza.