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4 destinos brasileiros para viajar na arquitetura

Em 15 de dezembro comemora-se o Dia Nacional do Arquiteto e Urbanista, a data faz parte do calendário oficial brasileiro. E a escolha se deve ao fato do dia ser o mesmo do nascimento de Oscar Niemeyer (1907 – 2012), um dos arquitetos brasileiros mais importantes da história.

Mais que projetar casas, ambientes e encontrar soluções arquitetônicas inovadoras, o profissional da arquitetura influencia diretamente na formação das cidades. Com isso, ajuda a definir sua identidade, projetando monumentos, prédios públicos e a paisagem cotidiana. Dentro desse mesmo conceito, está o papel do urbanista. Ele que vai atuar no planejamento urbano dos grandes centros, mostrando que é possível tornar o crescimento das cidades mais ordenado.

A arquitetura também é responsável por contar a história de lugares e povos, além de torná-los de interesse público. Assim, muitas cidades brasileiras baseiam parte importante de sua economia explorando turisticamente conjuntos arquitetônicos famosos. E se esse é um dos pontos que você gosta de observar quando visita uma cidade, não pode deixar alguns locais de fora do seu roteiro de férias.

Salvador (BA)

Sendo a primeira capital brasileira (1549 a 1763), o centro histórico de Salvador é o retrato do urbanismo colonial português. Na parte alta da cidade ficavam as residências e os setores administrativos; na parte baixa próxima ao mar, o comércio e o porto. A topografia singular da região ajudou a dar destaque aos conjuntos monumentais das arquiteturas religiosa, civil e militar. O desenvolvimento do povoado acelerou graças a riqueza gerada pela lavoura açucareira em meados do século XVII, e muitas construções foram erguidas naquela época. Foi aí que teve início a chamada fase monumental da arquitetura baiana, marcada pela transição do estilo Renascentista para o Barroco, onde muitas igrejas foram construídas, como a dos Jesuítas, atual Catedral de Salvador.

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Fachadas e torres do período colonial compõem a paisagem do Pelourinho. (Depositphotos)
Os mais de 800 casarões de dois andares que compõem as ladeiras, ruelas e o largo do Pelourinho fizeram do lugar a maior expressão arquitetônica do estado, sendo reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 1985. Todos os anos, milhões de turistas visitam a capital baiana para conhecer os cartões postais da cidade, que, para além da beleza da paisagem, são constituídos de construções antigas.

Saiba mais sobre conjuntos arquitetônicos brasileiros tombados aqui.

Ouro Preto (MG)

A cidade história mineira também é conhecida como a capital do barroco e foi a primeira cidade brasileira a receber o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1980. O traçado urbano colonial mantém-se preservado até hoje, e suas igrejas barrocas, ricamente ornamentadas e com formas sinuosas, atraem turistas do mundo inteiro.

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Igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto, projetada por Aleijadinho. (Depositphotos)
A arquitetura religiosa barroca de Ouro Preto também é marcada pelo traço do arquiteto e escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738 – 1814), o artista mais importante do período colonial. Seu trabalho mais relevante como arquiteto foi o projeto da Igreja de São Francisco de Assis. As curvas usadas nas paredes exteriores e o recuo das torres com relação à fachada foram novidades utilizadas na época. Além do projeto, Aleijadinho também foi responsável pelas esculturas em pedra sabão colocadas na sacristia da igreja.

Saiba mais sobre: Dicas de viagem – o que fazer em Ouro Preto

Brasília (DF)

A capital federal, além de referência arquitetônica, é exemplo de planejamento urbano. Foi fundada em 1961 e planejada pelos arquitetos Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Brasília é conhecida, até hoje, mundialmente pela arquitetura de design inovador e pelo projeto urbanístico. Tanto, que em 1987 engrossou a lista de cidades brasileiras tombadas pela UNESCO como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

Um dos principais conceitos urbanísticos da cidade é o conceito das super quadras, projetadas com o intuito de se tornarem espaços públicos de convívio entre os moradores, pontuados por áreas verdes, como os jardins projetados por Burle Marx. Os prédios foram construídos sobre colunas, para deixar os vãos livres para a circulação das pessoas. As construções modernistas abrigam o poder público brasileiro, como os Palácios do Planalto, da Alvorada e o Congresso Nacional. Outro ponto de destaque da arquitetura moderna da capital federal é a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, cujo projeto rendeu a Niemeyer o prêmio Pritzker (1988), o reconhecimento máximo dentro da arquitetura.

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A fachada modernista da Catedral Metropolitana de Brasília, projetada por Oscar Niemeyer. (Depositphotos)

Paraty (RJ)

A bucólica cidade fluminense exibe uma arquitetura colonial encantadora, considerado o conjunto mais harmonioso do país. Caminhar pelas ruas de Paraty e se permitir viajar no tempo pode ser uma experiência divertida. As ruas de pedras irregulares do centro histórico, conhecidas como pés-de-moleque, foram feitas por escravos e algumas são protegidas por correntes para impedir a passagem de carros. Os casarões coloniais localizados no centro histórico da cidade atraem milhares de turistas anualmente, fazendo de Paraty o segundo pólo turístico do Rio de Janeiro, segundo o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

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