08 de Março – Dia Internacional da Mulher
No próximo domingo é celebrado o dia da mulher. A história desta data refere-se ao início do século XX, quando as mulheres, principalmente as operárias do setor têxtil, lutavam por melhores condições de trabalho, com destaque para as manifestações ocorridas nos Estados Unidos e na Rússia. No Brasil, a data começou a ganhar maior destaque apenas na década de 60, alavancada pelo movimento feminista que ganhou as ruas do país, queimando sutiãs em praças públicas em busca da igualdade de direitos entre os gêneros.
Atualmente, no Brasil, a data é comemorada por grupos feministas, ressaltando todas as conquistas alcançadas pelas mulheres no decorrer dos anos. Para o comércio, é mais um tema que ajuda a alavancar vendas, principalmente os de flores e chocolates – aqueles ‘mimos’ corriqueiros.
Mas o que, de fato, as mulheres brasileiras representam, em números e dados?
De acordo com dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – de 2013, as mulheres são a maioria da população, cerca de 51,3% do total (na época, calculada em 197 milhões de pessoas). As mulheres são a maioria nas escolas e nas universidades, apresentam melhor desempenho estudantil que os homens, e optam por profissões ligadas as áreas de educação, artes e humanas. Porém quando entram no mercado de trabalho é que a balança pende para o setor masculino. Segundo dados da pesquisa “Estatísticas de Gênero” divulgada pelo IBGE em 2010, apenas 39,8% das mulheres tinham emprego formal (com carteira assinada) contra quase 47% dos homens. A diferença salarial entre um gênero e outro também continua evidente: não há uma área profissional sequer onde as mulheres ganhem mais que os homens. Em média, elas recebem 70% do salário pago para um homem que ocupa o mesmo cargo.
Nas residências brasileiras, as mulheres chefes de família assumem 87% do total de residências sem cônjuge e com filhos. Nos lares onde há a figura do pai e da mãe, este percentual cai para 38,7% do total de 57,3 milhões de domicílios do país.
As mulheres também andam se destacando no mundo virtual, principalmente quando o assunto é compras pela internet. De acordo com um estudo feito pela e-Bit, empresa especializada em informações de e-commerce, 53% dos internautas são do sexo feminino; 50,2% das pessoas que fazem compras pela internet também são mulheres. O tíquete médio gasto pelas mulheres é de R$ 289 enquanto os homens gastam, por compra, a média de R$ 393. Isto se dá pela diferença de interesses entre os públicos: enquanto as mulheres gastam mais com moda, acessórios e maquiagem, os homens buscam ofertas em eletrodomésticos e eletrônicos.
Avaliando todos estes dados, não é difícil descobrir porque cada vez mais empresas se especializam em oferecer serviços e equipamentos personalizados para elas, desde o seguro do carro até os opcionais que veículo apresenta.
Com o passar do tempo, a mulher vai abandonando o ultrapassado rótulo de sexo frágil, provando que ser o sexo forte nada tem a ver com a força física: é preciso perseverança e voz ativa para correr atrás de seus sonhos.
Parabéns a todas as mulheres!