No estado de Tocantins, a 200 quilômetros de Palmas, está localizado o Parque Estadual do Jalapão. Criado em 2001, a imensa área de 34 mil km² é um dos cinco espaços de conservação ambiental, onde a natureza reina absoluta: ora por meio de cachoeiras exuberantes e lagoas de água verde-esmeralda, ora por chapadões e dunas de cor laranja, com dezenas de metros de altura.
Aventura
A aventura de visitar o Parque Estadual do Jalapão já começa no acesso ao local. As ruas de terra e pedras só permitem a circulação de veículos com tração 4×4, por isso a importância de se contratar empresas especializadas na região. Um guia turístico que conheça muito bem o parque também é indispensável, pois lá é possível percorrer quilômetros sem encontrar uma ‘alma viva’, a densidade demográfica da região é menor que um habitante por quilômetro quadrado e os acessos para as atrações não são bem sinalizados. A dificuldade de localização e acesso acaba atraindo números baixos de turistas anualmente. Por outro lado, o fator rústico atrai aventureiros de todos o país e de fora, que buscam um contato mais direto com a natureza. Um bom exemplo é de ciclistas que decidem explorar o parque sobre suas ‘mountain bikes’, o que confere doses extras de adrenalina ao passeio. (Inclusive, as fotos deste artigo é de um destes aventureiros, o jornalista e ciclista Alexandre Costa Nascimento, que realizou esta viagem em 2014).
Mini Foz do Iguaçu
Normalmente a hospedagem é feita no município de Mateiros, em pequenas pousadas ou campings. Logo cedo, os guias passam buscando os turistas para as expedições. Um dos pontos de visitação mais famosos do Parque Estadual do Jalapão é a cachoeira da Velha, alimentada pelas águas do Rio Novo, é a maior cachoeira da região: uma queda de 20 metros de altura com 100 metros de largura, chamada de ‘mini Foz do Iguaçu’ pelos locais. É impressionante admirar a força com que a água cai. Perto dali, fica a prainha, local perfeito para dar um mergulho e espantar o calor, pois as águas são calmas e há um banco de areia de boa extensão para esticar o corpo e descansar.
Outro ponto imperdível do passeio é dar um mergulho no Fervedouro. Cercado por vegetação fechada e em meio a inúmeras bananeiras, o poço com nascente subterrânea, com o afloramento da água cristalina do solo produz tamanha pressão que impede que as pessoas afundem. No mínimo, inusitado e divertido!
Deserto
Da selva ao deserto. Esta é a sensação quando se deixa as cachoeiras para trás e parte em direção às dunas do Jalapão. Os enormes bancos de areia alaranjado formados a partir da decomposição do arenito de um chapadão da Serra do Espírito Santo, são cortados por um pequeno riacho. A dica é visitar o local no final da tarde, pois a vista é perfeita para admirar o pôr do sol.
Para os adeptos de esportes radicais, o passeio ao Jalapão pode ser fechado com chave de ouro, fazendo um rafting nas corredeiras do Rio Novo. Com duração de 3 horas, o rafting percorre 6 quilômetros, digamos, ‘turbulentos’. O rio também é cenário para a prática de outros esportes radicais como boia-cross e rapel.
Artesanato
E se é uma daquelas pessoas que não pode voltar para casa sem um objeto de lembrança do local, não deixe de conferir o artesanato produzido a partir do capim dourado, típico da região.
Se você ficou com vontade de visitar o Parque Estadual do Jalapão pode começar a se programar, pois a melhor época do ano para esta viagem é entre abril e setembro, período de estiagem por lá.
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(Por Renata Sklaski)