Como se fala popularmente, o Brasil se transformou num imenso canteiro de obras. Quase todos os espaços públicos brasileiros estão passando por reformas e readequações, para atender a demanda de turistas que será gerada a partir dos eventos esportivos mundiais, como a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Deixando de lado os gastos públicos destinados para as obras, a Rodoviária de Curitiba gera polêmica e dá o que falar.
A rodoviária de Curitiba, que está sendo reformada com a promessa de trazer mais conforto, acessibilidade e segurança aos usuários, vai reduzir os espaços comerciais de 36 para 31 lojas e todos os comerciantes que ocuparão as lojas, a partir da reforma, terão de passar por um processo de licitação. A licitação é lei desde 1988, um processo já estabelecido. Porém hoje na rodoviária de Curitiba, encontram-se comerciantes que trabalham lá há 40 anos e eles alegam estar surpresos com a notícia, pois também pediam pela reforma do espaço.
Na última quinta-feira (6), os atuais comerciantes cadastrados do local receberam uma notificação de desocupação, com data de saída prevista para o dia 30 de setembro. Segundo a diretora de urbanização da URBS, empresa que administra a rodoviária da cidade, Denise Sella, os atuais permissionários serão convidados a participar da licitação, porém só voltarão a explorar os espaços comercialmente as empresas vencedoras da licitação.
De acordo com a associação de comerciantes da rodoviária, eles não são contra a licitação, mas sim contra a forma abrupta que a suspensão das atividades está sendo feita, uma vez que empregam dezenas de pessoas em seus estabelecimentos.
Dentro de todo o contexto, fica uma pergunta: entre a saída dos atuais comerciantes e a entrada dos novos vencedores da licitação, como ficarão os usuários do transporte rodoviário, que passarão pelo terminal em Curitiba? Há uma preocupação com o fato de que os passageiros, por alguns meses, ficarão sem qualquer apoio de conveniências e alimentação? Mesmo em reforma, que está sendo feita por etapas e tem 45% da obra já executada, segundo a Secretaria de Obras Públicas de Curitiba, o terminal está operando. Qual será a solução encontrada para esta questão?
A Rodoviariaonline espera que, apesar de todo o embate, haja respeito e entendimento entre todos os envolvidos, e que os usuários não sejam os principais prejudicados diante da situação.
Fontes:
Paraná-online
Paraná TV
(Por Renata Sklaski)