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De 1º a 17 de novembro acontece, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, a 65ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, o maior evento cultural do estado. Livreiros, editores, livrarias, escritores e instituições movimentam-se para a edição histórica de um evento que faz parte do patrimônio cultural da capital gaúcha. Colocam os livros ao alcance de todos e abrem espaço para a vasta e diversa produção editorial local, através de diversas ações – lançamentos, autógrafos, seminários, palestras, oficinas, encontros, saraus, homenagens e atividades artísticas que estimulam a leitura, a reflexão e o lúdico. Há 65 anos ininterruptos, as barracas ocupam a Praça para a realização de uma das maiores feiras a céu aberto da América Latina, que sempre atrai milhares de pessoas de todas as idades. É um lugar de infinitos lugares.

Este ano, a Feira do Livro de Porto Alegre é lançada com o slogan Curiosidade é o que nos move. “Queremos aprofundar questões pertinentes da vida contemporânea, observando a diversidade e promovendo a inclusão, para chegar a novas formulações, instigando e mantendo a curiosidade”, afirma Isatir Bottin Filho, presidente da Câmara do Livro. Em pauta, os temas atuais da literatura e do momento social, comportamental, político, cultural e artístico do país e do mundo. Na prática, 2.000 autores, nacionais e internacionais, cerca de 600 sessões de autógrafos e mais de 500 atividades, encontros, conversas e debates permeiam a programação do evento.

A formação de leitores como objetivo

A Feira do Livro de Porto Alegre também abre espaço para a “Literatura Oral – A palavra como Patrimônio”, tema central deste ano da área infantojuvenil. Segundo Sônia Zanchetta, responsável pela programação e temática para o público mirim, o objetivo é tratar de assuntos atuais considerados urgentes, como a literatura indígena e a afro-brasileira. Dentro deste universo, há o objetivo principal de se formar novos leitores, por meio de encontro com autores, contações de histórias e outros espetáculos. Para os professores, muitas atividades que contemplam a formação de mediadores de leitura, como as que acontecem no ciclo A Hora do Educador.

Sob a inspiração do tema foi criada a ambientação da Tenda das Mil e Uma Histórias (diante do Memorial do RS), destinada a crianças de 0 a 6 anos. A equipe estará caracterizada como personagens das histórias de Sherazade, muitas das quais farão parte da programação, assim como histórias de livros dos autores convidados.

Outro local especialmente preparado para esta faixa etária é a Bebeteca (Espaço Cultural dos Correios), que estará ambientada com A Casa dos Três Porquinhos. Este espaço, que conta com um acervo especial, foi criado para incentivar a leitura em família. A atividade dos griôs e dos cordelistas também será mostrada na programação infantil e juvenil.

Destaques da programação para o público adulto

Sob o viés da diversidade, a programação para o público adulto vai oferecer seminários, encontros, debates, oficinas com os mais variados temas, trazendo escritores e pensadores brasileiros e estrangeiros para lançar seus livros e refletir sobre o nosso tempo. Entre as questões, algumas se destacam: O pensamento é subversivo? A arte combate a injustiça? O jovem adulto lê?

Nos 17 dias de Feira, assuntos como a cidade e o imaginário cotidiano, a escravidão no país, liberdade de ensinar e de aprender, mídia e feminismo, a questão indígena no Brasil contemporâneo, a música, os 50 anos de Woodstock, os 100 melhores curtas-metragens brasileiros na visão da crítica, racismo, direitos humanos, justiça e exílio estarão no centro dos debate. O social, o político, o cultural e o artístico, identidades, raízes e atualidades de um mundo fracionado e polarizado vão fazer parte das conversas.

A literatura em todos os seus gêneros – romance, crônica, poesia, terror, humor, conto – estará representada por mais de 150 autores brasileiros, como Laurentino Gomes, Maria José Silveira, Leonardo Tonus, Ana Maria Gonçalves e Nilton Bonder. Mais de 12 escritores e pensadores internacionais participam da Feira, entre eles o sociólogo e professor francês Philipe Joron, o sueco Mats Strandberg, os italianos Vicenzo Susca e Fabio LaRocca, a jornalista alemã Caren Miesenberger, a angolana Djaimilia Pereira de Almeida e as argentinas Liliana Heer, psicanalista, escritora e crítica literária, e Mariana Travacio, psicóloga.

Tradição

Criada por iniciativa dos livreiros e editores gaúchos com apoio do jornalista Say Marques, diretor-secretário do Diário de Notícias, a Feira do Livro de Porto Alegre foi inaugurada em 1955. O evento é considerado referência no país por seu caráter democrático e pela consistência do trabalho que desenvolve na área da formação de leitores e de mediadores da leitura, além de programação cultural 100% gratuita.

A cerimônia oficial de abertura da 65ª edição da feira será às 18h30 do dia 1º de novembro, na Praça, com a presença da diretoria da Câmara Rio-Grandense do Livro e da patrona Marô Barbieri, escritora, professora e contadora de histórias, natural de Bento Gonçalves (RS).

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Serviço:

65ª Feira do Livro de Porto Alegre
Quando:De 1º a 17 de novembro de 2019
Onde: Praça da Alfândega (Centro Histórico – Porto Alegre/RS)
Horário de Funcionamento:
Área Infantil e Juvenil
Bancas: 9h30 às 20h30
Programação: 9h às 20h30
Área Geral e Internacional
Dias úteis, domingos e feriados: 12h30 às 20h30
Sábados: 10h às 20h30
Mais informações: https://www.feiradolivro-poa.com.br/