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Joinville – Maior Festival de Dança do Mundo

“Fazemos o maior evento de dança do globo com R$ 5 milhões. É um quinto do orçamento que uma escola de samba usa para desfilar uma hora no carnaval”, provoca Ely Diniz, presidente do Instituto Festival de Dança de Joinville.

O principal trunfo do projeto, ele acredita, “é a possibilidade de as academias de dança do interior do país interagirem com grandes coreógrafos, bailarinos e companhias daqui ou de fora”.

É o caso do grupo Edith Marques, de Belém, que venceu quase 3.500 quilômetros de estrada para chegar à cidade catarinense. Mesmo não sendo aprovados para a Mostra Competitiva, eles decidiram fazer a viagem e dançar no Palcos Abertos, parte da programação que acontece na rua.

“É uma satisfação, uma conquista estar aqui, porque foi difícil conseguir os recursos para vir a Joinville”, conta Edith Marques, diretora do grupo. “É uma oportunidade de reciclagem e renovação, já que algumas de nossas bailarinas são professoras e podem passar a experiência para seus alunos”, completa.

Na Mostra Competitiva, 129 grupos divididos nas categorias balé clássico, danças urbanas, jazz, sapateado e dança contemporânea disputam o prêmio de R$ 6.000,00 destinado ao campeão. O público lota o ginásio do Centreventos, com capacidade para 5.000 pessoas e vibra com cada pirueta como se fosse um gol.

Não é só dinheiro que está em jogo. Muitos bailarinos acabam sendo convidados para integrarem companhias internacionais.

“Acho que o Brasil é hoje o principal exportador de dançarinos do mundo. É porque vocês dançam com o coração, isso faz toda a diferença”, acredita Larissa Saveliev, diretora artística do Youth America Grand Prix, organização norte-americana que viabiliza bolsas de estudos de dança pelo mundo.

Nem balé clássico, nem contemporâneo, nem dança regional. As atrações que mais fazem sucesso entre o povo joinvillense são as de dança urbana. Só da cidade e de seus arredores, são três grupos participantes: Maniacs, Millenium e Casa do Hip Hop Arte Inclusiva. Todos eles já venceram em anos anteriores e já se destacaram em competições fora do país.

Na noite de abertura, Ana Botafogo dançou coreografia em homenagem a Isadora Duncan, precursora do balé moderno. Cecília Kershe e 85 alunos da Escola Teatro Bolshoi, única filial da tradicional instituição fora da Rússia, dançaram “Raymonda”.

Completam a programação a mostra contemporânea, seminários, cursos e workshops, bem como a noite de gala, onde 15 companhias subirão ao palco, sob direção de Ricardo Scheir. Na Feira da Sapatilha, centenas de estandes vendem de sapatilhas e malhas a bonés de aba reta, os preferidos do pessoal do hip hop.

Fonte: Site Paraná Online

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