Você sabia que 93% dos acidentes em viagens acontecem em locais sem qualquer sinalização de risco? Esse dado alarmante foi levantado pela Associação Férias Vivas, ONG que há mais de 18 anos atua na gestão da segurança em atividades de turismo.
Com mais de 460 colaboradores, entre pesquisadores e funcionários, durante o tempo de atuação a ONG já acompanhou quase 4.000 casos de acidentes.
Atuação
No site da associação, há muito informação sobre segurança em viagens, principalmente para destinos que oferecem atividades em meio à natureza e a prática de esportes de aventura. Lá, você encontra uma série de informações pertinentes sobre diversas atividades, como acampamentos, atividades em rios, montanhismo, mergulho, cicloturismo, cachoeiras, canionismo, entre outras.
É possível pesquisar, também, por destinos. Além de contar um pouco sobre a cidade em questão, o foco da informação é sobre as questões de segurança que devem ser levadas em conta na viagem.
Prevenção salva vidas
Um dos grandes alertas feitos pela Férias Vivas aos viajantes é sobre a contratação de empresas capacitadas, que trabalham com profissionais treinados e preocupados com as questões de segurança. Por exemplo, viajar para um destino como Jericoacoara, no Ceará, pode parecer livre de problemas. É um lugarejo que tem no turismo a sua principal receita econômica. Mesmo assim, há também amadorismo e irregularidades.
Então, é muito importante pesquisar não só sobre o destino, como também sobre o local onde pretende se hospedar, os restaurantes locais e sobre empresas que pretende contratar para um passeio específico como, por exemplo, para um passeio de buggy.
Contrate serviços profissionais
Outra orientação aos turistas é pesquisar e escolher prestadores de serviço credenciados no CADASTUR – Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos – do Ministério do Turismo. Isso garante que você vai contratar o serviço de uma empresa especializada no negócio, que cumpre a legislação vigente e se preocupada com a segurança na prática do Ecoturismo e do Turismo de Aventura.
Voltemos ao exemplo da viagem à Jericoacoara. Você encontra um valor muito abaixo do mercado para contratar um passeio do buggy. O preço tentador pode esconder diversas irregularidades que influenciam diretamente na segurança da sua família, como a falta de manutenção adequada dos veículos, bem como protocolos de atendimento em casos de emergência. E aí, o barato pode ser muito mais caro.
Inclusive, para a prática do turismo de aventura, há uma norma técnica específica da ABNT (NBR ISO 21.101) voltada para a implementação de Sistema de Gestão de Segurança em atividades de turismo de aventura. Tal norma visa orientar sobre práticas de segurança e qualidade, além alertar sobre a necessidade de identificar condições e atitudes de risco.
Turismo consciente
Uma das ferramentas criadas pela ONG para reunir dados sobre o assunto é o aplicativo Eu Vivi. Disponível para sistemas Android e iOS, o app possibilita fazer um mapeamento da segurança em atividades turísticas, onde os próprios visitantes compartilham suas experiências. Assim, turistas e profissionais da área têm acesso a orientações sobre identificação de riscos e prevenção de acidentes.
A contribuição individual pode ter um grande impacto no coletivo, evitando que muitas pessoas se machuquem ou até percam suas vidas em atividades turísticas. Faça sua parte!
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Vai viajar durante a pandemia? Confira aqui as orientações de segurança e higiene.